Retrospectiva 2024: seminários ampliam repertório acadêmico

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02/01/2025

Ao longo do ano, diferentes encontros foram promovidos para ampliar os conhecimentos dos graduandos na área de pesquisa científica, trocar experiências e se conectar com profissionais da academia e do mercado de trabalho. Pesquisadores do IMPA visitaram a sede do programa de graduação, na zona portuária, e palestraram aos estudantes. Além disso, os próprios alunos, divididos em comissões, também organizaram mostras de trabalhos acadêmicos e foram avaliados por convidados externos.

Seminários do IMPA – junho e julho/2024

Lucas Nissenbaum, cientista de projetos do IMPA, foi o primeiro convidado para aproximar os estudantes da graduação aos temas de pesquisa do instituto. Com o tema “Modelando Aplicações como Problemas Matemáticos”, ele compartilhou experiências pessoais, abordou temas de interesse em pesquisa, como machine learning, ciência da computação e ciência de dados, e falou sobre seus trabalhos no Centro Pi (Centro de Projetos e Inovação IMPA). 

A estudante Bianca Moreno ficou curiosa para saber mais sobre os projetos do IMPA. “Achei muito interessante os temas que o Nissenbaum abordou, principalmente os métodos de resolução de problemas. A palestra me deixou curiosa para saber mais sobre o dia a dia do IMPA e me deu vontade de encontrar novas soluções para coisas complicadas”, afirmou.

Em julho, o pesquisador do IMPA Roberto Imbuzeiro falou sobre probabilidade e álgebra linear. Com o tema “O explorador aleatório num labirinto de dados”, ele utilizou exemplos do mundo real para ilustrar questões matemáticas, como pesquisas eleitorais e o tradicional jogo de cara ou coroa, que foram utilizados para falar sobre análise de dados e margens de erro em estudos.

1ª Mostra de Xenolinguística do IMPA Tech – julho/2024

Os alunos da graduação também apresentaram seus trabalhos no Porto Maravalley. Em julho, sob supervisão da professora de Habilidades Linguísticas, Cilene Rodrigues, os estudantes organizaram a 1ª Mostra de Xenolinguística do IMPA Tech. Na ocasião, foram apresentados os primeiros trabalhos da disciplina, projetos baseados em línguas hipotéticas, as “línguas alienígenas”, que possuem sintaxe similar à das línguas humanas.

A professora explicou que a ideia do projeto é inverter a lógica de ensino tradicional, oferecendo as ferramentas de aprendizagem aos alunos. “O projeto de xenolinguística funciona como uma sala de aula invertida porque é o aluno que formula o projeto, cria e alimenta uma língua. A partir dessa construção, os estudantes aprendem como estruturar uma língua para então entender como funciona uma gramática”, afirmou.

Além de Cilene, a banca avaliadora foi composta por outros linguistas de instituições convidadas e matemáticos do IMPA. Milton Jara, professor de Cálculo do IMPA Tech, a doutoranda Ana Cristina Araújo e o pós-doutorando Daniel Yukimura representaram o IMPA. Já os professores Marcus Maia (UFRJ), Aniela Improta (UFRJ), Maria Eugenia Duarte (UFRJ) e Leonardo Berenger (PUC-Rio) foram os linguistas convidados.

Em setembro, alunos também levaram o projeto desenvolvido em sala de aula para o palco do Festival Nacional da Matemática, na Marina da Glória. 

Modelo das Nações Unidas – outubro/2024

Também durante as atividades da disciplina Habilidades Linguísticas, os estudantes da graduação organizaram a 1ª edição do Modelo das Nações Unidas do IMPA Tech. Divididos em grupos nas salas de aula, foram organizadas três assembleias de discussão: Caminhos para ensino gratuito e de qualidade; Má distribuição de alimentos; e Criação de uma Lei geral de proteção de dados.

A partir de pesquisas histórico-sociais, os alunos se dividiram em delegações de países e discutiram acordos internacionais, compromissos históricos e possíveis alternativas sustentáveis para problemas do nosso tempo. Exemplos reais foram objetos de debate, como a volta do Brasil para o mapa da fome em 2022 e a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em 2018.

A professora Cilene Rodrigues, reforçou que uma graduação de caráter interdisciplinar é fundamental para formar os estudantes com humanidade e empatia. “Ao longo deste ano de trabalho, eles desenvolveram habilidades de comunicação e interagiram com temas abertos. Essas atividades são maneiras de trabalhar nosso comportamento profissional e pensar nossas pesquisas de base para discutir os desafios da humanidade”, afirmou.

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