30/04/2024
Uma visita ao Parque Lage, no domingo (28), marcou o início das atividades culturais dos alunos do IMPA Tech. Organizada pela professora de Habilidades Linguísticas, Cilene Rodrigues, a visita reuniu mais de 40 alunos aos pés da Floresta da Tijuca, no Jardim Botânico.
O encontro foi uma oportunidade de os estudantes trocarem experiências e se conhecerem melhor fora da sala de aula. Para Leandro Vieira, de 17 anos, a experiência foi incrível. “A minha cidade é do interior, então esse costume de visitar parques não existe. Aprendemos sobre a história do Parque Lage e do Rio de Janeiro. Socialmente falando, foi uma chance de me enturmar com novos alunos e socializar com os colegas de turma”, afirmou o estudante, de Guariba, no interior de São Paulo.
Tombado pelo Iphan como patrimônio histórico e paisagístico, o Parque Lage foi um engenho de açúcar durante o Brasil colonial. Atualmente, no palácio funciona a Escola de Artes Visuais. Os alunos conferiram vestígios da história do país e da flora e flora locais.
Durante o passeio, os estudantes foram apresentados à pesquisa da professora Cilene sobre a vocalização dos primatas, que busca compreender a gramática humana. “Trabalho com tipos de gramática e complexidade estrutural, uma área de pesquisa da linguística formal e da ciência da computação. Existem gramáticas com menos poder computacional, que quase ninguém estuda, criando lacunas nas áreas de estudo. O objetivo da minha pesquisa é usar dados menos complexos, como as vocalizações dos primatas, para compreender as múltiplas faces da nossa gramática”, afirmou a pesquisadora.
Anderson Aquiles, do interior do Pernambuco, achou a iniciativa “sensacional”. “Além de entender a história do Parque, conhecemos a pesquisa da professora. Aprendemos mais sobre a nossa linguagem humana a partir dos sistemas mais simples, como a linguagem primata”, afirmou.
A visita também permitiu um intercâmbio cultural entre os próprios alunos, já que a turma da graduação é composta por pessoas de todas as regiões brasileiras. “Como temos uma variação muito grande de regionalidades, conhecemos mais colegas e a linguagem de cada um. Ao final do passeio, fizemos um piquenique e conversamos, aprendendo mais sobre as nossas culturas. Foi muito divertido!”, concluiu o estudante.
O passeio foi o primeiro encontro externo dos estudantes, mas a professora promete novidades. Para Cilene, a vivência cultural é fundamental para formar cientistas. “Precisamos dar aos estudantes um conhecimento mais amplo, mostrando na prática quais são as possibilidades de ciência fora da sala de aula”, afirmou a professora.
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