23/1/2025

“Carinhoso”, de Pixinguinha, alguns arranjos de Beethoven e até a clássica trilha sonora do filme “Psicose” embalaram o seminário “Problemas Computacionais de Arranjo Musical”, nesta quarta-feira (22), no IMPA Tech. A palestra foi ministrada pelo músico, mestre em computação e agora doutorando na área pela Universidade Federal Fluminense (UFF) Natan Figueiredo.
Com demonstrações práticas e muita música boa, o palestrante tratou dos arranjos musicais do ponto de vista combinatório. O foco do seminário foi a análise de três problemas de decisão associados a arranjos musicais estudados pelos pesquisadores Demaine e Moses: arranjo-consonante geral, j-notas simultâneas geral e velocidade de transição limitada geral. Figueiredo falou especialmente sobre o comportamento computacional destes problemas.
“Falar para os alunos é muito interessante porque podemos ter interdisciplinaridade. Acho que a música é sempre muito bem-vinda, não é uma área saturada, é uma área que geralmente gera interesse. Temos exemplos bem intuitivos para apresentar”, contou Figueiredo .

Sob organização do professor Uéverton Souza, o evento faz parte de uma série de seminários que vão acompanhar os graduandos do IMPA Tech pelas próximas semanas. A ideia é trazer conteúdos diferenciados daqueles vistos na sala de aula em uma perspectiva multidisciplinar e dinâmica.
“É muito legal ter essa interdisciplinaridade. Os estudantes veem um pouco dessa mistura de áreas, porque até então eu acho que eles estão tendo muito contato com matemática ou computação ou física. Com os seminários, eles podem ver essas coisas se embaralhando um pouco”, explicou o professor.

Ele destacou também que os temas trabalhados ao longo dos seminários podem auxiliar os estudantes a se inserirem de forma mais profunda na cultura da pesquisa científica. “Temos aquilo que é ensinado na graduação, nas disciplinas. Outra coisa são as pesquisas sobre esses assuntos. Essa iniciativa pode aproximar os estudantes mais da área de pesquisa. Que tipo de pesquisa, de estudo, um pesquisador interessado em cinema faz, por exemplo? São os tópicos que as pessoas abordam, os interesses, o estilo de pesquisa, vamos trabalhar nisso.”
Leonardo Giboski, estudante do IMPA Tech, acompanhou a palestra e chamou a atenção para a inovação que um estudo sobre música e computação pode gerar. “Eu achei muito interessante, inclusive eu sou flautista, e essa combinação é muito interessante, poder juntar duas áreas que parecem a princípio muito diferentes e formar algo que é novo. Novo para a pesquisa e para a área da computação também.”
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