04/09/2024
Como lidar com a ansiedade? O que fazer quando estiver ansioso? Para tentar responder a essas perguntas, o Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAP) do IMPA Tech promoveu um bate-papo com a psicóloga e palestrante Andréa Lucena. O encontro aconteceu após as aulas desta quarta-feira (4), na sala principal do Porto Maravalley.
O bate-papo buscou educar e conscientizar os estudantes sobre a ansiedade e fornecer ferramentas e recursos para enfrentar esses desafios de forma eficaz e saudável. Andréa abriu a conversa definindo os sintomas da ansiedade e as particularidades dos fatores estressantes, que estão em diferentes situações do mundo contemporâneo.
“Ansiedade é uma emoção, é o medo do futuro, uma preocupação excessiva. Como é que você se sente? Essa é uma reflexão que vocês devem fazer frequentemente”, alertou. A psicóloga demonstrou que a ansiedade pode ser causada por fatores genéticos, ambientais ou biológicos. Além disso, demonstrou as crises existenciais que podem assolar os jovens, como quebra de expectativas pessoais e acadêmicas.
Para o estudante Henrique Assis, a iniciativa foi necessária. “Saúde mental no Brasil é praticamente um estigma. Não falamos muito sobre isso e não encontramos informações de forma acessível e disponível a todos”, afirmou.
De acordo com os dados de 2023 da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas, 9,3% da população, mais de 18 milhões de brasileiros. Desse número, 31,6% são jovens entre 18 e 24 anos. Para a psicóloga, isso se deve ao momento de vida enfrentado durante a juventude. “É a faixa etária da pressão, da escolha, da certeza que é necessário estar no caminho certo. Se você estiver na dúvida, pare e pense. Nós temos a vida inteira para alcançar nossos objetivos”, disse.
A aluna Gabriely Rocha achou os temas abordados relevantes, principalmente pela área de estudo escolhida pelos graduandos. “Além da nossa faixa etária, que favorece níveis elevados de ansiedade, tem também o fazer ciência, que é, querendo ou não, explorar caminhos novos, incertos, inseguros… Isso é também refletido em nossas vidas. Acho que abrir o diálogo sobre ansiedade é sempre muito importante”, destacou.
A coordenadora do NAP, Cristina Ramos, acredita que o encontro é uma oportunidade de autocuidado e entendimento para com nosso corpo e mente. E reforça: “precisamos estar conectados a nós mesmos”.
Ao final da conversa com os alunos, Lucena abordou estratégias e técnicas para lidar com a ansiedade, como a identificação de gatilhos emocionais e o desenvolvimento de um plano de ação pessoal para controlar os sintomas.
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