06/09/2024
Diversão, brincadeira e aprendizagem são algumas das palavras que os estudantes nesta sexta-feira (6) no Festival Nacional da Matemática usaram para definir o evento, que acontece até sábado (7), na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Em apenas dois dias, mais de 460 escolas passaram pelo FestMat, iniciativa do IMPA para desmistificar a matemática e mostrar que a disciplina pode ser lúdica e divertida, além de estar presente em atividades corriqueiras do nosso dia a dia.
“A matemática por vezes parece vilã dos alunos, mas é apresentada aqui de forma muito legal. É isso que o Festival promete e cumpre muito bem. É um evento incrível para todas as escolas participarem”, disse João Pedro Ferreira, de 12 anos, aluno da escola Henrique Lages/Faetec. Juan Queiroz, 13 anos, do mesmo colégio, ficou encantado com a estrutura. “Estamos gostando muito de estar aqui. A montagem está muito legal, muitas atividades interessantes.”
Maria Eduarda, de 15 anos, estudante do CIEP 147, em Arraial do Cabo, cidade da Região, se mostrou empolgada com as experiências oferecidas. “Estou amando o Festival! Amo matemática e está sendo maravilhoso passear pelo evento. Me diverti muito na experiência de realidade virtual.”
Newton Ribeiro, professor de matemática da rede municipal de ensino de Arraial do Cabo, contou que a escola trouxe 40 alunos ao Festival. “Como professor, avalio que o evento é muito legal, tem muita inovação e novidades que podemos aplicar em sala de aula, como a associação do conhecimento com jogos. Foi fantástico para os alunos, valeu a pena vir de longe.”
Futebol de robôs, visita virtual à tumba de Neferhotep, no Egito Antigo, bicicleta de roda quadrada, escape room virtual, arena games e tangram, são algumas das atividades do Festival.
A sexta-feira começou com um quiz animado da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) que distribuiu uma série de brindes aos participantes. Ao longo do dia, o público pôde acompanhar diversas palestras que tinham como tema tecnologia e inovação.
Na palestra “Explorando o Futuro com Robôs” Paulo Duarte e Hostilio Ribeiro da PD7 Tech, responsável por trazer ao festival os “cachorros robôs” e o robô Tito, explicaram a origem da palavra robô, derivada da palavra tcheca ‘“robota”, que apareceu pela primeira vez em uma peça de teatro.
A dupla contou ainda que o primeiro modelo do robô Tito (humanoide) foi construído com palitos de sorvete em uma competição escolar. “Alunos foram desafiados a construir um robô com poucos recursos. No começo, ele não tinha todos os movimentos que tem hoje. Foi necessária a combinação de imaginação e estudos em matemática”.
Durante a palestra, a dupla mostrou como os robôs passaram do entretenimento ao uso profissional. “Os cachorros robôs fazem vistorias e possuem até finalidade militar. Eles têm sensores em cima que podem transmitir imagens 360 graus – importantes para a segurança, por exemplo.”
O dia foi marcado ainda por duas apresentações do Google. Leonardo Almeida abordou os avanços da Inteligência Artificial e Fábio La Selva mostrou as oportunidades de formação e capacitação em tecnologia que a plataforma oferece.
A galera do Afrogames, curso de programação do Afroreggae, mostrou como a ONG utiliza a programação para transformar vidas. “Entendemos que não existe barreira para falar de cultura, educação. Por isso o Afroreggae está em diversas comunidades do Rio”.
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