08/07/2024
Os alunos do IMPA Tech participaram neste sábado (6) de uma excursão no Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana, no Rio de Janeiro. A caminhada passou por diferentes pontos que contam a história dos escravizados e foi liderada por guias de turismo especializados, no centro da cidade.
O grupo se encontrou no Largo de São Francisco da Prainha, espaço histórico com arquitetura colonial preservada, e percorreu diferentes locais, como a Pedra do Sal, o Jardim Suspenso do Valongo, a Casa da Tia Ciata, o Mercado Escravagista, entre outros.
O Cais do Valongo, principal porto de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, também foi visitado pelos estudantes. O local é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO pela sua importância histórica de memória da violência contra a humanidade representada pela escravidão, e de resistência, liberdade e herança dos africanos.
“É uma história muito pesada, mas é importante nós conhecermos o que aconteceu no passado do Rio de Janeiro”, comentou o estudante Pedro Henrique Barbosa durante o trajeto.
A aluna Beatriz Nunes achou a experiência muito interessante e aproveitou a oportunidade para conhecer a história da cidade. “Fiquei impactada com o Museu Memorial Pretos Novos. A história do cemitério dos escravos e a imagem da Bakhita me fizeram refletir ainda mais sobre o descaso sofrido pelos escravizados naquela época”, afirmou.
“Pretos novos” era a denominação dada aos africanos recém-chegados, quando desembarcavam no porto. O museu memorial reúne o trabalho realizado pelos arqueólogos nos poços de sondagem e contextualiza a brutalidade vivenciada pelos escravos. “Bakhita” foi o nome dado a uma jovem africana que não resistiu aos maus tratos do mercado de escravizados. Seu corpo foi encontrado durante uma pesquisa arqueológica e seu nome foi dado em homenagem à padroeira dos sequestrados e escravizados, Santa Josefina Bakhita, a primeira santa africana, canonizada em 2000.
A excursão no Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana foi promovida pelo Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP) da graduação, que buscou criar um momento de reflexão, valorização e respeito à diversidade para uma sociedade mais igualitária e antirracista.
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