27/06/2024
Gabriely di Folco Rocha, 17 anos, é de São José dos Campos (SP) e sempre se identificou com a matemática. “Era onde me encontrava e conseguia me comunicar com as pessoas na infância”, conta. Incentivada pelos pais, a aluna acumula 46 medalhas em olimpíadas científicas de diferentes disciplinas, e passou para algumas das melhores universidades do mundo. Conheça a história da graduanda do IMPA Tech no #AlémDasEquações.
A partir do 6º ano do Ensino Fundamental, Gabriely ganhou uma bolsa no Instituto Alpha Lumen, onde entrou em contato com a OBMEP (Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas) e estudou até a conclusão do Ensino Médio. Paralelamente ao curso tradicional, fez também o Ensino Técnico modular em automação industrial na ETEC (Escola Técnica Estadual Professora Ilza Nascimento Pintus).
O interesse pelos estudos multidisciplinares foi um dos fatores que dificultou a escolha final do curso de graduação. “Tinha facilidade e interesse por áreas que pareciam não conversar muito entre si. Por bastante tempo, achei que faria uma graduação em humanas, principalmente pelo meu incômodo pela falta de engajamento social nas exatas”, afirmou a aluna.
Entretanto, foi a falta de representatividade que motivou Gabriely. “Nem sempre soube que gostaria de cursar matemática, mas sabia que gostaria de ir para a pesquisa. A falta de diversidade nas premiações e nas fases mais avançadas das olimpíadas me incomodava. Por um tempo fiquei revoltada, mas depois percebi que faria sentido ocupar esse lugar e, quem sabe, abrir espaço para mais meninas nas exatas”, afirmou.
Mas antes de chegar no programa de graduação do IMPA, a estudante participou de um curso de verão do instituto sobre análise matemática, onde teve contato com a disciplina enquanto área de pesquisa e se encantou ainda mais.
No início de 2024, Gabriely começou a estudar Matemática Aplicada e Computação Científica, na USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos, onde ficou por dois meses, até passar pelo processo seletivo do IMPA Tech.
Além disso, a aluna passou no processo seletivo de outras universidades renomadas mundialmente, como a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), University of Michigan (EUA) e a Duke Kunshan, uma joint venture da Duke University (EUA) com a Wuhan University (China).
A escolha não foi fácil, mas, apesar das opções, Gabriely está feliz com sua decisão. “Optei pelo IMPA Tech porque o IMPA é uma instituição de prestígio e quero ser pesquisadora. A ligação da graduação com os renomados pesquisadores, importantíssimos para o cenário brasileiro, foi crucial. Além disso, as políticas de permanência estudantil foram atrativas. Coloquei na balança o que queria para o meu futuro e estou feliz”, afirmou.
Agora, após três meses de aulas, a experiência está valendo a pena. “Tenho gostado muito da graduação. As aulas práticas conferem uma atenção especial ao nosso dia a dia aqui. Percebo um cuidado dos professores com o nosso estímulo na aprendizagem. Isso é muito importante”, acrescentou.
O alojamento do IMPA Tech também foi importante para a acomodação da aluna no Rio de Janeiro. “Dei muita sorte com a minha colega de quarto. Ela é incrível e nossa convivência bateu na hora. É muito legal morar com outras pessoas que você conhece e divide objetivos”, afirmou.
Após a conclusão da graduação, Gabriely espera seguir uma carreira acadêmica. “Quero seguir com o mestrado e doutorado fora do país, mas quero voltar para ser professora e pesquisadora aqui no Brasil”, concluiu.
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