Festival quer encantar o público com a matemática, diz Marcelo Viana

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05/09/2024

Apresentação do futebol de robôs

A 3ª edição do Festival Nacional da Matemática começou nesta quinta-feira (5) na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Com o tema “Matemática é inovação” o evento vai até sábado (7). Neste primeiro dia de programação, o FestMat é exclusivo para estudantes da rede pública e privada e a partir de amanhã (6) é aberto ao público geral. 

Marcelo Viana, diretor-geral do IMPA, destacou que um dos grande propósitos do Festival, desde a sua primeira edição em 2017, é romper estereótipos da matemática e associar a disciplina à diversão. “Essa edição é especial porque nós escolhemos um tema [Matemática e Inovação] que tem tudo a ver com o que estamos vivendo no IMPA. O Festival não é um momento para aprender matemática, não é esse o objetivo, o Festival é um momento para se encantar com a matemática, para se divertir e, para aqueles que têm uma relação difícil com a disciplina para desconstruir essa relação. É uma festa, um evento de diversão e entretenimento”, contou Viana. 

O diretor-geral do IMPA anunciou que o Festival se consolida como um evento periódico que passa a fazer parte do calendário do Rio de Janeiro a cada dois anos. A mesa de abertura contou com Renan Ferreirinha, secretário de Educação do Rio de Janeiro, que ressaltou o protagonismo da cidade como capital da inovação, um marco construído em parceria com as iniciativas do IMPA. Junto ao FestMat, a OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) e o IMPA Tech, primeira graduação do IMPA, são grandes braços da inovação e popularização da matemática no país. 

Marcelo Viana, diretor-geral do IMPA, na abertura do Festival

“Me  sinto em casa, é muito gratificante ver o que o IMPA representa para a nossa cidade, para o nosso país. Muito bom ver a nossa criançada se animando com o futebol de robôs, vendo aqui aquilo que aprende em sala de aula”, disse o secretário. 

Parceira do evento, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) SESI trouxe um dos sucessos das primeiras edições do FestMat: a bicicleta de roda quadrada. Na primeira palestra do dia, o gerente de educação da Firjan Sesi,  Vinícius Mano, destacou que a instituição tem investido na divulgação da matemática, para tornar a disciplina cada vez mais acessível. Mano lembrou também o papel da unidade móvel Firjan SESI Matemática, que está no evento, e a expansão das escolas Firjan Sesi. “A nossa intenção é mostrar que a matemática é sim uma ciência acessível, divertida e interessante. É um prazer enorme estar aqui.”

A mesa-redonda “Vozes do MOI” trouxe para o público relatos e experiências das participantes do projeto Meninas Olímpicas do IMPA (MOI), que visa aproximar as meninas de carreiras nas exatas, como matemática, engenharia e ciência da computação. Emanuella Carneiro, Anna Luísa Sá, Estrela Fontes, Vitória dos Santos e Letícia Rangel, coordenadora do MOI, participaram da conversa. “Minha tarefa hoje aqui é um presente: coordenar o bate-papo dessas quatro jovens mulheres que estão escrevendo o seu futuro com matemática. Acho que as vozes dessas meninas olímpicas podem representar inúmeras estudantes. O MOI é um projeto de educação que visa superar os estereótipos de gênero e pode alcançar meninas e fazê-las escolherem a matemática”, afirmou Rangel. 

Mesa-redonda Meninas Olímpicas do IMPA

Além da mesa-redonda, o MOI participa do FestMat com um stand com protótipos de robótica em Arduino, quebra-cabeças que estimulam a criatividade e o raciocínio matemático, mosaicos feitos a partir de cubos mágicos e experiências com desenhos tridimensionais. 

Maracanã da robótica

O futebol de robôs da equipe de robótica do IME (Instituto Militar Engenharia), a RoboIME, transformou o Festival em um pequeno Maracanã. As partidas animaram o público na Marina da Glória. 

Visitantes na arquibancada do futebol de robôs

O FestMat tem atrações para todas as idades. Origami, Lego e Tangram são os destaques na área de experiências manuais. A Arena Games do Afroreggae, que mostra a evolução dos jogos ao longo dos anos, agrada especialmente os adolescentes.  

O stand do Visgraf (Laboratório de Computação Gráfica do IMPA) transporta os visitantes para o Egito Antigo num passeio virtual à tumba de Neferhotep. O projeto foi criado em parceria com o Lapid (Museu Nacional), BioDesign (PUC-Rio) e INT. O Centro Pi (Centro de Projetos e Inovação do IMPA) tem um espaço imersivo para apresentar as soluções desenvolvidas com inteligência artificial. Já o Planetário do Rio proporciona experiências de observação do Sol ao telescópio. Confira aqui a programação completa

Visitantes durante a visita virtual ao Egito Antigo

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