26/07/2024
Agora é oficial! Nesta sexta-feira (26), acontece a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Pela primeira vez na história, o evento será fora de um estádio esportivo e passará pelas águas do Rio Sena. Mas essa não é a única novidade do evento. Neste ano, o Comitê Olímpico Internacional (COI) possui uma agenda específica sobre o uso da inteligência artificial (IA), a The Olympic AI Agenda.
De acordo com o comitê, a iniciativa busca mapear “tecnologias transformadoras, que oferecem, cada vez mais, a possibilidade de revolucionar cada aspecto de nossas vidas, incluindo o esporte” e utilizá-las de forma positiva durante os Jogos Olímpicos de 2024. O presidente do COI, Thomas Bach, destacou em coletiva de imprensa que é preciso ter uma “liderança responsável, abraçando a mudança e preservando os valores olímpicos”.
A agenda também considera as rápidas mudanças nas ferramentas de IA e como isso pode beneficiar os atletas. Além disso, as implementações tecnológicas buscam garantir o fair play (jogo limpo), otimizar as operações do evento e transformar a experiência do espectador.
Mas como isso funciona na prática? Confira:
IA no desempenho dos atletas: foi criado um banco de desempenho individual para cada atleta. Ou seja, o competidor possui suas características físicas e habilidades mapeadas para identificar talentos e deficiências que podem ser aprimoradas. Com base nesses dados, as ferramentas podem ajudar os treinadores a propor treinos mais adequados e dar instruções personalizadas para auxiliar na prevenção e reabilitação de lesões, como mostra uma matéria da Revista Superinteressante.
IA na transmissão dos jogos: o Serviço de Transmissão das Olimpíadas, em parceria com emissoras de TV, vai usar a IA nos jogos de Paris para melhorar a experiência do espectador. De acordo com o Portal Giz Brasil, há uma parceria com o grupo Alibaba para oferecer sistemas de replay multicam que usam IA. Além disso, esse recurso será utilizado para criar modelos em 3D e mapear perspectivas adicionais em mais de 20 modalidades.
IA na logística do evento: ferramentas de IA também serão usadas para melhorar a eficiência, reduzir custos e aumentar a sustentabilidade nas Olimpíadas. A otimização do transporte, o treinamento da força de trabalho e a venda de ingressos são algumas das possibilidades. Já na segurança da cidade, câmeras de vigilância alimentadas por IA monitoram multidões para identificar potenciais riscos, como bolsas ou pacotes abandonados e o aumento do volume de pessoas.
IA nas redes sociais: o COI estima que serão publicados meio bilhão de conteúdos nas redes sociais durante as competições. Um sistema de IA fará o monitoramento das plataformas em tempo real e em mais de 35 idiomas. O objetivo é criar um ambiente digital seguro e proteger os atletas de mensagens abusivas e ameaças virtuais. Uma matéria da Agência Brasil destacou que 15 mil atletas e autoridades serão beneficiados com a novidade.
IA na criação de conteúdos digitais: as Olimpíadas também terão uma ferramenta oficial de IA para compilar automaticamente os melhores momentos de 14 esportes. A ideia é analisar e resumir os conteúdos publicados pela imprensa, com comentários automatizados.
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