14/5/2025

Um mundo sem fronteiras graças ao conhecimento! O estudante carioca Davi Pestana, 21 anos, é medalhista de diferentes olimpíadas do conhecimento e atualmente é graduando do IMPA Tech. No passado, graças ao incentivo materno, foi com a OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) e com o PIC (Programa de Iniciação Científica Jr.) que o aluno estreitou sua relação com a matemática.
Ex-aluno do Colégio Pedro II, Davi se encantou pelo bacharelado em Matemática da Tecnologia e Inovação. “Quando vi o IMPA Tech e a relação com a OBMEP, pensei: ‘é isso que eu quero!’ Sabia que não seria fácil me encaixar em qualquer lugar, mas, quando cheguei aqui, tive certeza de que era o [ambiente] que queria. Fiquei encantando com o lugar e com a proposta da graduação”, disse.
Antes de chegar ao IMPA Tech, participou de outros processos seletivos no Rio de Janeiro, mas optou por esperar sua chance na graduação do IMPA. Em 2024, o jovem foi aprovado para Engenharia na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e para Matemática Aplicada na FGV (Fundação Getúlio Vargas). Neste ano, ingressou no IMPA Tech através das medalhas do conhecimento.
No Porto Maravelley, o estudante também gostou da rede de apoio entre os colegas de turma. “As pessoas aqui sabem muito, mas estão se apoiando, ao seu lado, ninguém se põe num pedestal. Como a maioria dos alunos está ligada às olimpíadas de uma certa forma, é muito legal, porque temos perfis parecidos.”
A relação de Davi com as olimpíadas de matemática começou em 2017, quando participou da OBMEP, graças ao incentivo da mãe. Apesar de não ter feito com muita empolgação, a iniciativa rendeu uma medalha de bronze, o que motivou o aluno.
Graças às conquistas na competição, Davi também participou do PIC, onde conseguiu desenvolver melhor seus conhecimentos na área das exatas. “Adorei os professores, principalmente pelo conteúdo abordado, que é basicamente lógica. Aquilo me encantou, os números passaram a fazer sentido e resolvemos problemas interessantes.”
Em 2019, um grupo da escola de Davi foi selecionado para participar de uma olimpíada de matemática na Ásia, a AIMO (Asia International Mathematical Olympiad), no Taiwan, devido ao resultado positivo obtido na Olimpíada Matemática sem Fronteiras, também internacional. Entretanto, o orçamento da instituição havia sido reduzido e a participação da equipe era incerta.
Sem acreditar que a trajetória poderia ser interrompida, o aluno mobilizou a família e amigos para arrecadar fundos para arcar com os custos da viagem. Depois de algumas semanas e campanhas virtuais, os jovens conseguiram arrecadar os fundos necessários. “Cheguei a dar uma desanimada, pensando que não seria possível, mas meus amigos me impulsionam e a todo momento falaram que seria possível.”
Apesar das incertezas, o esforço final para bater a meta de arrecadação partiu do núcleo familiar. “Minhas tias me incentivaram e deixaram claro que o apoio financeiro não me obrigava a ter uma conquista na olimpíada. Meu avô, que infelizmente não está mais entre nós, fez um discurso falando que aquilo não deveria ser um peso para mim, que deveria ir com a consciência tranquila e fazer o meu melhor”, relembrou, emocionado.

Em Taiwan, depois da apreensão na prova, o resultado foi muito comemorado. “Ganhei uma medalha de bronze e fiquei muito feliz. Foi uma empolgação. Já era madrugada no Brasil por causa do fuso, mas liguei pra todo mundo e não conseguimos nem dormir”, disse.
Para o futuro, Davi deseja trabalhar em posições de liderança em grandes empresas. No IMPA Tech, elogia o trabalho desenvolvido pelo NCE (Núcleo de Carreiras e Estágios), que poderá ser um dos condutores para os próximos anos do jovem.
“Pretendo seguir na ênfase de Ciência de Dados, porque acho que é uma área mais voltada ao mundo corporativo. Desde pequeno eu falava que queria ser ‘um homem de negócios’ e quando falamos em data analysis, estamos falando em analisar informações para dar um norte estratégico às decisões futuras de uma empresa. O NCE é uma área que ajuda nosso desenvolvimento no mercado de trabalho. Os encontros e a possibilidade de fazer um intercâmbio, que é interessante no mercado corporativo, nos incentivam bastante”, disse.
Além disso, o alojamento estudantil é outro diferencial do bacharelado. “O modelo de ‘internato’ é fundamental para o bom desempenho dos estudantes. Estar ao lado da faculdade e morando com pessoas que dividem o mesmo propósito é muito bom. Meu colega de quarto me impulsiona muitas vezes, mesmo sem ele saber”, acrescentou.
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